terça-feira, abril 06, 2010

Errar é humano. Já persistir no erro...

Faz tempo que não escrevo sobre esportes, ou futebol mais especificamente, que é onde eu julgo que entendo um pouco mais. Pode ser que realmente não entenda nada, o que é mais provável mesmo, afinal, se vê um técnico em cada esquina, cada padaria, mesa de bar, etc. É isso que me impede de escrever sobre o assunto. Ouço tanta besteria que desisto de escrever ou falar de algo vazio. Se futebol fosse tão simples assim, teríamos um quatrilhão de treinadores. O fato é que não é. Ninguém entende de esquema tático, ou pelo menos, a grande maioria desses que insitem em avaliar a atuação dos times nas rodas de amigos, no trabalho e em outros ambientes. Nem alguns técnicos parecem entender do assunto, às vezes.

Vejamos exemplo de técnicos multicampeões e que, do nada, fracassam, sucumbem diante das dificuldades. Tá certo, tem times que é melhor não comentar. Mas o próprio Big Boss Felipão não conseguiu fazer o todo poderoso Chelsea jogar. Com muito menos ele fez um Grêmio mega campeão.

Enfim, o Inter é um exemplo de Chelsea brasileiro com um Felipão no comando. Cabe deixar bem claro que não se trata aqui de comparação. A questão é que o alarde que fizeram quando Fossati foi contratado, com a missão de levar o Colorado ao título da Libertadores, foi bem semelhante. Problema: todos se pautam pelo que leem. A grande maioria dessas conversas citadas mais acima são pautadas naquilo que é dito ou escrito. Ninguém é capaz de formar opinião própria a respeito daquilo que vê. Todo mundo tem medo parece.

Eu não. Eu não tenho medo. Sou um destemido, com exceção de quando chego em casa cheio de valentia e encontro a minha namorada com um rolo de macarrão na mão. Daí, foi-se a valentia. Mas intimidade a parte, eu não tenho medo de dizer que um grande responsável pela desorganização tática do Inter é o idolatrado, o inigualável, o guerreiro, um dos mais amados jogadores do clube, o argentino Guiñazu.

Ele é ruim. É daqueles que correm, lutam, suam feito louco para superar a ruindade tática. Já ouvi "especialistas" no assunto perguntarem: "Como pode um jogador como esse ficar de fora da seleção argentina?". Óbvio, pelo menos para mim. Lá eles não são tão ignorantes a tal ponto, suponho.

Guiñazu, não guarda posição. Guiñazu é afoito (lembrem do pênalti cometido por ele desnecessariamente na partida contra o Cruzeiro de BH no Brasileirão do ano passado, no Beira-Rio). Resultado do jogo: 3x2 para a Raposa. Era o jogo do título, ou pelo menos um deles. Os gols sofrido pelo Inter, muitas vezes inciam em contrataques que surgiram após um passe errado do falso volante. O sonho dele, acredito, era ser armador. Faltou talento para isso e ele foi guardar a zaga. Ah! Que saudade do Edinho.

Esse sim. Fazia o que lhe competia. Faltava técnica então, bola pro mato que o jogo é de campeonato. Para jogar no 3-5-2, Edinho era o cara. Se passasse por ele, caia no chão, mas bem longe da grande área. Claro, como todo ser humano, errava feio às vezes. Mas foi gigante no título Mundial. Ele sim não poderia ter sido vendido. Nem ele nem o Alex.

Resumindo, ou tentando resumir, o fato é que o 3-5-2 com o argentino não dá certo. Só o Fossati não vê. Ele tentou, o uqe é louvável, mas não dá. A defesa fica insegura, desguarnecida, fragilizada. Não rola, não adianta. só não escrevo mais, para não parecer que sou um desses metidos a treinadores de boca de esquina. Errar é humano. Já persistir no erro.....

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