sexta-feira, outubro 24, 2008

Movimento contra brasileiros

Hoje li uma matéria em um site desses de esporte que falam de tudo e ao mesmo tempo não falam nada, se é que dá para entender. Entretanto, uma matéria me chamou a atenção. Ela descrevia algumas frases de torcedores do Real Madrid se manifestando contra a contratação do jovem atleta Douglas Costa, que ainda não jogou cinco partidas pelos profissionais do Grêmio e já despertou o interesse de clubes europeus. Isso tem muito a ver com o olho grande e gordo de empresários interesseiros. Isso é decepar, arrancar brutalmente um talento que pode render ainda mais, futuramente para o clube de forma irracional.
Pato, por exemplo, jogava muito mais do que está jogando hoje no Milan. Anderson, herói na batalhas dos Aflitos, tinha um futebol simplesmente fantástico antes de ir para o Porto e agora no Manchester, onde atua como volante. Lamentável.
Mas sem descontextualizar, vamos aos fatos. Na matéria alguns torcedores chamaram os jogadores brasileiros de mercenários, afirmaram que vão para a Espanha apenas para fazer festa e que não valem um terço do que é investido neles. Teve torcedor que chamou o Douglas Costa de outro Robinho. Para vermos que nem tudo são rosas, nem tudo é belo por lá. Quem se ilude que vai ter vida fácil, vai encontrar muitas dificuldades e, sem uma boa estrutura psicológica, facilmente se perdem e perdem o principal de tudo, o seu talento.
Mas é de se salientar algo interessante nisso tudo. Se é essa a impressão que alguns torcedores tem dos jogadores brasileiros é necessário uma pausa para reflexão. Se o ganha pão dos nossos clubes são esses talentos que vão, lamentávelmente, embora ainda meninos, é preciso algo a mais para mudar essa imagem, para que os dirigentes de clubes europeus não comecem a diminuir as ofertas por nossos craques precoces, e para que esse movimento de que é preciso investir nos talentos europeus, como foi sugerido, não se desenvolva de maneira descontrolada.
Volto a repetir. É preciso mandar alguns gananciosos empresários darem um tempo ao invés de ficar fazendo pressão para que as negociações sejam efetivadas o mais rápido possível, pensando apenas no seu bolso.
Não é hora de vender Douglas Costa e tenho certeza que a direção do Grêmio pensa assim também.

No sufoco, mas ainda líder


Por Nicolau Junior


Ufa! Depois de alguns dias inativos voltei novamente. Não desisti não de continuar escrevendo a fazendo esse exercício diário e que faz muito bem para o cérebro. Mas voltando ao assunto futebol, mais precisamente sobre a vitória por 1 x 0 do Grêmio sobre o Sport, no Olímpico, na noite desta quinta-feira, ouvi críticas e mais críticas ferrenhas sobre a atuação preocupante so Tricolor. Está certo que o desempenho apresentado não convenceu. O técnico Celso Roth resolveu contrariar a lógica de que time que está ganhando não se mexe. Tudo bem que não ganhou da Portuguesa, mas ganhou do Botafogo e do Santos. Mesmo assim, mudou do 3-5-2 para o 4-4-2. Errou. Os jogadores não se encontraram em campo, o time sofreu, mas venceu. Resumindo, foi um horror.

Agora, cá para nós, o Grêmio é lider, isolado, sozinho, absoluto, isto é, não vê ninguém na sua frente. Fez o dever de casa. O torcedor quer espetáculo, os jornalistas esportivos cumprem o seu papel de passar a informação tal qual como ela é, até para que o leitor, ouvinte ou telespectador, tenha noção do que está acontecendo dentro das quatro linhas. Mas essas críticas me parecem mais como um movimento para que o Tricolor gaúcho não chegue ao tricampeonato brasileiro.

Ora, criticar faz parte, mas colocar em questão a condição de postulante ao título já é demais. A torcida vibro com os três pontos, mas não está preocupada coisa nenhuma com a tuação do time, até porque São Paulo, Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras, cocorrentes diretos na luta pela liderança, não estão apresentando um futebol digno de que se possa afirmar que determinada equipe é a favorita.

Em tempo, o dirigente do Sport, Guilherme Beltrão, perdeu uma grande e ótima oportunidade de ficar quieto. Afirmar que o Grêmio está praticando um anti-futebol, e jogando na base do chutão é demais para a minha cabeça. É fato que o time nordestino já está na Libertadores do próximo um ano, mas quem é Guilherme Beltrão para criticar alguma coisa. O que mais me enttristece é o fato de jornalistas, pessoas graduadas, que estudaram, dar atenção para um indivíduo como esse. Isso segue mais ou menos a linha de raciocío de um texto que li no site Impedimento sobre o trabalho da imprensa e declaraçoes de jogadores. Sou adepto do pensamento de que é preciso ser inteligente nas perguntas e pegar o caminho do diferente. Todas as coletivas são sempre as mesmas coisas, as mesmas perguntas, por isso, treinadores, às vezes, ou quase sempre, são ríspidos nas suas respostas, pois ficar sentado em uma cadeira ouvindo baboseiras por 30 minutos é árduo, enfadonho, irritante.

E é justamente isso que vem sendo feito pela imprensa. Ao contrário do que afirmam com autoridade os comentaristas esportivos, de que o torcedor está preocupado com a atuação, ao meu lado agora acabei de ouvir um colega de trabalho dizer: o que interessa são os três pontos.

Mudem os disco. Desde o início do campoenato eu ouço críticas ao Grêmio, basta uma atuação ruim ou duas, para que se adote o discurso do sinal vermelho. Se continuar assim, o Grêmio vai sair campeão.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Conjugar é preciso

Um dia desses, durante um período reflexivo, tive um lapso de inspiração e acabei desenhando o texto que segue abaixo. Acredito que ele serve tanto para o dia-a-dia de todos os indivíduos como para os mais fervorosos torcedores, já que este espaço, inicialmente, é destinado ao futebol. Colorados e gremistas ou gremistas e colorados tem sonhos distintos nesse ano, assim como atleticanos, vascaínos, santistas, flamenguistas, são-paulinos, palmeirenses, cruzeirenses, etc. O que importa é sonhar então...

Com o passar do tempo aprendi a conjugar o verbo errar e junto com ele o magoar. Porém, ao mesmo tempo comecei a conjugar outros dois verbos, o reconhecer e o assumir. Depois de um tempo, percebi quera era importante e necessário conjugar outros verbos. Foi quando, pela primeira vez, conjuguei o perdoar e o desculpar. A partir daí, comecei a praticá-los sem medo e o fazia sempre que necessário. Mas de repente uma série de outros verbos passaram a fazer parte das minhas conjugações diárias e acabei aprendendo na marra. Uns são fáceis, como por exemplo, o sorrir, o acariciar, o beijar, o abraçar, o gostar, o adorar, o olhar, o venerar e o sentir. Outros um pouco difíceis, como o aceitar. Gostaria de fazer um pedido. Nunca deixem de conjugar o verbo mais importante e que estou conjugando agora nesse exato momento. SONHAR. É ele que nos manterá de cabeça erguida e te trará felicidade.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Curiosidades a parte



Nicolau Junior





Nada relacionado com o futebol agora. Alguém viu essa semana algumas meninas patinando pelas ruas de Porto Alegre com um "caneta" nas costas e com roupas coloridas? Pois é, grande jogada de marketing, mas confesso que estou curioso para saber o que é. Quem quiser e tiver o interesse em verificar com um pouco mais de profundidade acessem: http://www.desafiandoainercia.com.br/ e vejam fotos das canetas sobre rodinhas ou pessoas com canetas, como quiserem... Alguém arrisca algum palpite?

Ninguém quer ser chamado de bacharel

Nicolau Junior


Nessa semana muito se discutiu sobre a nova titulação do bacharéis em medicina aqui no Sul do País. Essa é a titulação que vem sendo conferida ao formandos em duas universidades do Rio Grande do Sul. Alguns futuros médicos e recém graduados concordam e discordam ao mesmo tempo sobre esse assunto. O Conselho Regional de Medicina (Cremers), vem se posionando claramente a favor da titulação de médico e não de bacharel aos formandos com base nas resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE). Para isso, compara com as resoluções do CNE, que institui as Diretrizes Currriculares Nacionais ao Curso de Graduação de Direito, onde é especificado o termo Bacharelado, assim como ocorre com o curso de Ciências Contábeis, traçando uma distinção clara entre os bacharéis e os técnicos específicos.

Mas o leitor deve estar se perguntando. O que isso tem a ver com o futebol? Já explico. O termo bacharel, pelo menos para o Cremers e a grosso modo, dá uma conotação de que se os futuros médicos, se forem titulados dessa forma, estarão sendo rebaixados na mesma. Apesar de alguns afirmarem que não existe distinção, o Cremers bate na tecla de que existe. É bem sabido que os bacharéis em direito só se tornam advogados e podem exercer plenamente a sua profissão, perante o exame e crivo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

E é a partir disso que centro o meu raciocínio voltado ao futebol. O técnico do Grêmio, Celso Roth, ainda é um aluno de graduação se comparado, por exemplo, com Wanderlei Luxemburgo, o mago Felipão, o próprio Muricy Ramalho e até mesmo o atual técnico do Inter, Tite. Portanto, se levarmos em consideração as diferenças de titulação adotadas pelo CNE, Tite já é técnico específico, enquanto Roth ainda precisa passar pela aprovação da OTT (Ordem dos Torcedores Tricolores), mas antes disso, será um bacharel, caso deixe de ser aluno universitário. Tite já levantou o caneco da Copa do Brasil pelo mesmo Grêmio, em 2001. Já Roth foi campeão da Copa Nordeste pelo Sport, no primeiro semestre de 2000, alternando entre título cariocas e uma tal de Copa Sul, lembram? Pois é...

Entretanto, o terinador gremista, adquiriu experiência ao longo da sua carreira acadêmica. Repetiu inúmeras disciplinas (no Sul do país, cadeiras), foi o aluno mais mau-humorado, aquele que discutia com professores, que matava aula para ficar jogando sinuca no DCE e tomando cerveja nos bares localizados aos redores da universidades. Hoje, está prestes a se tornar um bacharel e se tornar um "técnico específico" com a conquista do maior título da sua carreira, isto é, o Campeonato Brasileiro deste ano.

É importante salientar que o ainda bacharel está a frente dos espcialistas treinadores de Palmeiras, São Paulo e Internacional citados aqui.

Pra concluir esse post, saliento que ser bacharel e técnico específico não quer dizer absolutamente nada, pelo menos em se tratando de futebol, mas que as desconfianças e as distinções para fins de conceito sobre quem é melhor ou pior existem, isso é fato. Tirar coclusões precipitadas e julgar antes da prova pode custar a repetência na disciplina do conhecimento. Testá-lo não custa nada. Se rodar, será um enterno bacharel ou até mesmo um mero aluno de graduação estagiário em uma empresa sem grandes pretensões.

domingo, outubro 05, 2008

E o STJD Futebol Clube entra em campo

Não canso de dizer aos nobre amigos, humildes colegas de aula, de roda de futebol, de festas, enfim, que não acredito mais no futebol brasileiro desde 2005. Para os lunáticos ou desentendidos no assunto, me refiro ao título arrancado do Inter em 2005 e dado ao time da MSI, isto é, o Corinthians. Bom, o caso todos sabem, eu acredito. Árbitros corruptos manipulando resultados dos jogos. Resultado de tudo isso: cancelamento de partidas que o Coringão havia perdido e, conseqüentemente, recuperação no campeonato. Da manhã para a tarde o Inter caiu do 1º para o 4º lugar na tabela sem entrar em campo. Vergonha! Com a "ajuda" de uma entidade que não está acima de qualquer suspeita, o "Timão", sagrou-se campeão daquele ano.

Assistindo ao jogo do Palmeiras contra o Atlético-MG na TV ouvi um senhor chamado Márcio Rezendo de Freitas comentar a arbitragem daquela partida. Me levantei do sofá subitamente como se estivesse ouvindo um criminoso pego em flagrante diante das câmeras negar um crime. Acho que ele deveria se engajar na criação de gallinhas, patos, qualquer coisa, menos ousar comentar sobre arbitragem depois da grosseiria daquela emblemática final antecipada de campeonato no Pacaembu entre Inter e Corinthians, quando ele não deu um pênalti escandaloso em Tinga e, como se não bastasse, ainda o expulsou de campo. Vergonha!

Como dão espaço para um cidadão como esse na TV? Não acreditei naquilo tamanha foi a minha indignação. Como se não bastasse ele ainda comentou: "Eu já fui criticado por não marcar alguns pênaltis na minha carreira". Rapidamente a imagem do lance de 2005 me veio à mente.

Agora, é a vez do Tricolor gaúcho jogar contra o Supremo Tribunal de Justição Desportiva (STJD). E esse time do Supremo é quase imbatível. Essa semana o vice de futebol do Grêmio, Adré Krieger, colocou em cheque a credibilidade da instituição em uma declaração sobre a absolvição do meia Diego Souza do Palmeiras, que andou agredindo um jogador do Cruzeiro vergonhosamente. Resultado: o o STJD vai pedir uma cópia da entrevista e pode levar o dirigente gremista ao tribunal. Mais, o André Silva do Grêmio, em um lance absolutamente ridículo com um jogador do Vasco na partida realizada no Olímpico, foi punido. Cléber, do Palmeiras, deu um soco no rosto do Guiñazu e sequer passou pela porta do STJD.

Falta de credibilidade? Prefiro não entrar no mérito dessa questão, mas sim afirmar que falta critério para a entidade. Ah! Ainda tem o pênalti escandaloso no Soares, na partida contra o Atlético-PR, não marcado pelo juiz. Ai meu Deus! Sempre esses pênaltis. Mas não. Esse foi tão escandaloso quanto o do Tinga em 2005. Sem comentar outros fatos que prejudicaram o Grêmio e favoreceram o Palmeiras esse ano.

Ou seja, o STJD entrou em campo e a parada é dura para o Grêmio. Haja coração diria o Pavão Bueno. Ops! Perdão Gavião, quero dizer, Galvão hahaha.
Boa semana a todos!

A esperança é a última que morre

Durante essa semana utilizei bastante ditos popoulares para expressar as minhas idéias que minam a mente incansável e intensa desse que vos escreve. Mas vou utilizar mais um hoje. A esperança é a última que morre, pelo menos para os tocedores do Inter. Afinal, a parte do torcedor não é torcer? É como se fosse um casamento, onde o padre pergunta até que a morte os separem, se bem que isso já está saindo de moda, se é que já não saiu. Hoje em dia ninguém mais quer saber de é na alegria e na tristeza e blá, blá, blá. O negócio é outro, isto é, tempo modernos, mas isso não é assunto para este espaço hehehehe.

Enfim, tem que acreditar até o fim, até a última rodada, mesmo que os matemáticos afirmem que não há mais chances. Dizem que dos 30 pontos que o Colorado ainda disputará, precisa somar 24. Nada mal para um time que ganhou o Mundial de Clubes a pouco tempo. Porém, o futebol apresentado contra o Coritiba, no sábado, foi digno de um candidato ao octogonal final ´no Campeonato Municipal de Restinga Seca, Carlos Babosa, Faixinal do Soturno, Garibaldi e por aí vai. Foi de doer. Tá certo que o tempo não ajudou, mas os jogadores do Inter pareciam um bando de loucos em campo. Não havia tática, nem organização. Parecia as pelas de domingo que eu jogo com os amigos para aliviar o stress da semana e me divertir um pouco. Time que quer chegar tem que produzir muito mais do que aquilo. Será o efeito Gre-Nal? Ganharam o clássico e pensam que já fizeram a sua parte.

Um amigo meu, na imensidão dos seus pensamentos, do seu coloradismo, fanatismo, no ápice da sua esperança ele disse: "Se fizer o terceiro até os 35 minutos, dá tempo de virar". Pensei: A esperança é última que morre mesmo. Com aquela bolinha quadrada que D'Alessandro, Alex, Nilmar, Bolívar, Taison e companhia Ltda. estavam jogando, nunca aquilo ia acontecer, mas tudo bem a esperança...


Como todos sabem, não gosto de fazer prognósticos, porque corro o risco de morder a minha língua e ver todas as minhas teorias irem por água abaixo. Mas afirmo que com aquele futebolzinho apresentado no Couto Pereira, o Inter não chega a lugar algum. Para os torcedores, a esperança é a última que morre. Para os analistas, cronistas, comentaristas, "especialistas" esta é a primeira, ainda mais diante de atuações vergonhosas como as da derrota para o Vasco por 4x0 e para o Coritiba por 4x2.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Violência não tem limite

Queria ser uma animal. Exatamente. Um animal. Um vez em uma entervista coletiva para trabalhar em uma grande empresa fui questionado se caso eu fosse um animal, qual eu gostaria de ser. Claro que não respondi dessa forma, mas quase disse: Eu sou uma animal. Um ser humano é uma animal. É um ser vivo, portanto é um animal, na minha ótica. Mas respondi que gostaria de ser um falcão. Novamente, fui questionado sobre o por que esse animal. Respondi que ele vivia protegido, pois buscava abrigo em lugares seguros e altos, buscava alimentos com agilidade, objetividade e desenvolvura, além de ter a liberdade do vôo, coisa que o animal homem só consegue fazer através de outros meios que não são os naturais.

Mas enfim, quero dizer que qualquer animal da categoria bichos, ataca quando se sente ameaçado, age por instinto e só faz o "mal", quando quer comer ou lutar por território. Mas isso é da sua natereza. Poderíamos dizer, com certeza, que são racionais. Mas qual a natureza do homem? Qual a sua racionalidade se é que ele a tem? Quando dizer que os seres humanos agem corretamente, quando temos o dom de pensar antes de agir? Eu gostaria de ser uma animal desses da categoria bichos mesmo.

As respostas para essas perguntas são facilmente encontradas se olhassemos para as arquibancadas do estádio Beira-Rio, durante o clássico Gre-Nal do último domingo, 28. Cenas que não são vistas nem na selva e mais facilmente vista em guerras. Não viu? Olhe as fotos nos jornais, as imagens na TV ou ouça as rádios para se ter uma pequena noção do que aconteceu, então.

Fui testemunha ocular do que aconteceu. Pessoas correndo para não apanhar dos policiais militares, bombas de efeito explodindo no meio da multidão, sem ao menos identificar quem é o verdadeiro culpado ou se havia crianças no meio daquilo tudo, pessoas apanhando e fugindo como se estivessem em uma verdadeira guerra. Fato é que não podemos generalizar, mas alguns baderneiros anencéfalos, marginais e deocupados para não os qualificar de outra forma, se infiltram no meio de pessoas do bem e colocam em risco a vida e a integridade física de todos que estão por perto.

O que é torcer? Por que a vontade de se agredirem, de se machucarem? Qual a satisfação que há nisso? Fico pensando se animais agiriam dessa forma. Não há resposta para isso. Qualquer tentativa de explicação ou estudo das causas desse problema seria o mesmo que justificar a ignorância desses animais do grupo dos seres humanos.

Li na Zero Hora durante esta semana terchos de e-mail enviados para os colunistas esportivos desse periódico de ambos os lados. Um acusava a torcida do Grêmio de começar a arrancar pedaços de concreto da arquibancada inferior e arremessá-los para cima. Como ela pode afirmar isso se não viu ninguém arrancando pedaço algum? Como garantir que a primeira agressão não partiu da torcida do Inter, isto é, de cima para baixo? Do outro lado, um gremista rebatia afirmando que os pedaços partiram, inicialmente, do lado colorado. Do que adianta isso agora? Se ninguém pensassem em agressão, nenhuma parte de concreto teria sido arrancada e nada disso teria começado.

Ainda lembro do Gre-Nal dos banheiros químicos. O que justifica aquela selvageria? Absolutmente, nada. Quando teremos paz? Vale lembrar que essa não foi a primeira vez que incidentes como esses aconteceram num clássico. Infelizmente, estamos rumando para os Gre-Nais de uma torcida só, pois a violência parece não ter limite.

E aí? Você ter orgulho de ser um "humano", ou prefere ser um animal. Eu fico com a águia...

quinta-feira, outubro 02, 2008

Exagero

Reparar erros cortando o mal pela raíz nunca foi uma medida eficaz em nenhum momento. O que dirá então em se tratando de futebol que, geralmente, não tem lógica. Vamos aos fatos e vou ser breve.

Vou abrir com uma questão. O grupo de jogadores do Grêmio começaram nesta quarta-feira, 1º de outubro, a concentração para que o foco na competição não seja perdido. Adianta? Afasta os jogadores daquilo que eles mais gostam, que é o convívio familiar para mergulhar numa pressão por resultados? Acho que a concentração deve ocorrer sim, mas não com exageros. Se vai adianar ou não, só teremos a resposta depois que o Tricolor entrar em campo. Antes disso, impossível formular qualquer tipo de comentário. Na minha concepção o correto era o próprio treinador deixar de levar para os treinamentos aquela cara sisuda e carrancuda, deixando o ambiente mais poluído e carregado do que o normal.

Partir para uma conversa forte, incisiva, mas porém, amigável, seria uma alternativa para tentar solucionar a perda de foco no estádio Olímpico. Agora, trancar os atletas dentro de um quarto de hotel por uma semana inteira sem sequer caminhar em uma praça e respirar um ar menos poluído é tentar contar o mal pela raíz.

Ao invés disso, é melhor reavaliar algumas decisões, escolhas, conversar e ver quem melhor suporta essa pressão, do que viver com medo de perder um título que parece, cada vez mais, estar indo mesmo para o Parque Antártica, pois que esse Brasileirão me lembra muito o de 2005...

Perdas irreparáveis

Com certeza o Inter teve a primeira baixa do mês, exatamente no primeiro dia de outubro no primeiro lance de Guiñazu. Eu diria que é uma grande baixa, uma perda irreparável. Luxação do cotovelo esquerdo. Caiu de mau jeito e agora vai ficar 21 dias de molho. Motivo para preocupação? Sim é um motivo daqueles de tirar o sono dos torcedores e da comissão técnica, pois como conceituou o próprio técnico Tite, não existe no Brasil outro atleta com tão constante quanto ele. Durante os 90 minutos e mais um pouco e em qualquer setor do campo lá está ele brigando pela bola. É, com certeza, um dos grandes trunfos do time do Inter nessa temporada. Um verdadeiro guerreiro.

Agora, sem ele, o time perde, e muito. Quem o treinador colocaro utilizará? O mais prudente seria colocar o Danny Moraes na primeira função do meio-campo, Magrão faria a segunda como vem fazendo, colocaria o Taison na terceira e manteria o Alex e o Nilmar no ataque, pois em time que está ganhando não se mexe.

Porém, como o Tite tem umas insistências inexplicáveis, provavelmente o Rosinei irá completar o setor já no próximo sábado contra o Coritiba, no Couto Pereira, às 18h10min.

Mas suposições a parte, o argentino é a grande perda do Colorado para esse mês de outubro. A previsão é de que fique de 21 a 30 dias afastado. Colorados estão torcendo para que esse tempo de recuperação seja igual ou menor do que aquele que ameaçou o "Cholo", como é carinhosamente chamado pelos seus colegas de trabalho, de ficar de fora da final do Gauchão contra o Juventude. O título no plural serve para evidenciar que o grupo não perde um jogador, mas sim o atleta que mais serve, que desempenha inúmeras funções em um mesmo jogo.

Azar? Não. Acredito em erro de planejamento e contradição, pois se o time que entraria em campo era o reserva, por que não o manteve até o final, ou então começasse com os titulares? Não era jogo para perder um atleta como o este em uma partida de tão pouca importância, porque convenhamos a Sul-Americana não leva a nada, mas o Brasileiro sim.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Do galho ao quadrado

O dito popular é velho conhecido de todos e evoluiu do galho ao quadrado. Já explico o por quê. Acontece que tinha um que dizia: "Cada macaco no seu galho". Agora, tem um que tem até rima e diz: "ado a-ado cada um no seu quadrado". Que loucura! Mas digo isso para opinar a respeito do trabalho da imprensa esportiva no clássico Gre-Nal 373 do último domingo, 28, no Beira-Rio.

Até onde vai a responsabilidade de adquirir informação e passar para o ouvinte ou telespectador? Qual a postura a ser adotada por "profissionais" da imprensa esportiva ávidos por comunicar ao seu público o que está acontencendo no lugar onde somente ele pode estar, isto é, o lugar dos acontecimentos? A resposta é fácil. Basta que para isso cada repórter tenha ética profissional ante de mais nada e conheça os seus limites.

Entretanto, não se viu nada disso na hora em que o meio-campo Tcheco, do Grêmio, e o volante Edinho, do Inter, se enroscaram na lateral do campo e iniciaram uma confusão generalizada. Não houve socos nem tapas. Apenas um desentendimento e o grupinho que sempre separa. Porém, os nobre colegas de profissão invadiram o gramado como até então eu ainda não tinha visto, desconhecendo os seus limites e desrespeitando as regras do jogo.

Lamentável! Isso evidencia o despreparo desses profissionais, a falta de fiscalização e de orientação do órgão competente para essa atividade, no caso a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Acerg), além de evidenciar a pressão desenfreada sofrida pelos repórteres por seus chefes em sempre dar primeiro a informação. Isso é um dos elementos que contribui diretamente para que fatos como o presenciado no último domingo possam se reptir caso não se tenha mais rigorosidade na fiscalização e orientação.

Além de arrecadar as mensalidades, é preciso que a Aceg oriente acima de tudo. Deixe bem claro as regras para depois não vir com um discurso moralizador e ameaçador de que irá extingüir do seu quadro de sócios os profissionais que infringirem as regras.

Claro que o Inter não vai ser punido, mas em se tratando de STJD, tudo é o possível, quando algum clube gaúcho está envolvido, o que dirá se dois estiverem na pauta.

Para que tudo isso não se repita e seja evitado, vamos aos dito já mencionados nas primeiras linhas deste post. Se cada um fizer a sua parte com responsabilidade, isto é, se cada um ficar no seu galho ou no seu quadrado, episódios vergonhosos como esses da imprensa invadindo o gramado sem escrúpulos, não acontecerão mais.

Filtro anti-crise

A vida é feita de crises. Daí vou ir do maior grau para o menor. Exsitem as crises nos casamentos, nos noivados, nos namoros, nas ficadas, nas relações entre amigos que, às vezes falam de mais, e ferem o orgulho do outro que nunca mais olha no olho do seu amigo, ou ex-amigo, crises familiares, crises existenciais, no trabalho e por aí vai. Falar demais é o problema. Diria que é o cerne, o centro, o epicentro o grande motivador de todas as turbulências no dia-a-dia dos seres humanos e de suas relações. Se não colocarmos um filtro entre o cérebro e a boca estamos ferrados. E aí as consequencias (nao escrevi errado não, só estou treinando as novas regras ortográficas aprovadas pelo nosso ilustre presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que não mostrou entrosamento com o nosso idioma no início da sua carreira política), são, às vezes, irreparáveis.

Vamos aos exemplos mais concretos. Alguém especula tal coisa sobre o mercado financeiro. Especular é uma palavra tão horrível quanto o que acontece depois que especulações acontecem. Brigas, desentendimentos, discussões e crises. Me refiro ao mercado financeiro, pois foi assim que os EUA estão entrando na maior crise dos útlimos anos. Tudo começou quando alguém lançou "aquilo" no ventilador e aí estourou para todos os lados. No Brasil, as bolsas caíram nesta segunda-feira, 9,36%. A queda mensal já acumula 17,34% e 27,95% no ano. Mas o que isso te a ver se este espaço nunca tratou de economia e é voltado, não unicamente, ao esporte?

O problema é que nas relações amorosas, alguém sempre profere uma palavra que agride o seu parceiro. Daí não preciso nem comentar. Sai faísca na maioria das vezes e as conseqüências (agora não estou treinando) são, às vezes, irreparáveis, tendo que cada um ficar no seu quadrado por um longo periódo. Basta que não se pense antes de falar, ou seja, que não passe o já mencionado filtro. Quando isso acontece, a melhor coisa a se fazer é refletir para não cometer o erro novamente. Diz o ditado: Errar é humano, cometer o mesmo erro duas vezes é burrice.

Pois então, vamos ao que interessa. A crise no mercado financeiro começou com uma especulação sobre o pedido de falência de um banco norte-americano. Assim como as crises nas relações entre pessoas começa com palavras fortes que magoam e, por seguinte, acabam em brigas. E a crise do Grêmio?

Começou exatamente quando o ego de alguns dirigentes exacerbou-se nas suas declarações e nos sorriso debochado durante a concessão de entrevistas. Para evidenciar o que quero dizer, voltemos a segunda-feira que abria semana Gre-Nal, quando o presidente do clube e deputado estadual, Paulo Odone, afirmou com o seu ego elevado e seu sorriso maroto – para não dizer debochado, novamente – que o Tricolor iria jogar os 90 minutos e passar a máquina no Beira-Rio. Resultado: crise.

Ainda lembro de 1997, no emblemático clássico dos 5x2 para o Inter. O esperto do Cacalo, na época presidente do Grêmio, largou um coelho no gramado do estádio Olímpico como forma de ironizar a liderança do Inter na competição daquele ano. Resutlado: outra crise.

Por mais que se negue que o discurso do presidente Odone não tenha motivadoo adversário, o fato é que motivou sim. Mexeu com os brios dos jogadores colorados, que entraram "comendo grama" no clássico 373 e aplicaram os sonoros 4x1. Reuniões e mudanças de planejamento fazem parte do cotidiano tricolor agora, assim como fazem parte das instituições que querem arrumar a casa e reorganizr as finanças e dos indivíduos que gostariam de ver as suas crises pessoais serem extintas ou reorganizadas, amenizadas.

Agora, a ordem é superar a crise e a primeira deles é falar menos e fazer mais, porque de especulações o mundo já está cheio,

Tivesse o presidente passado o filtro....